quarta-feira, 3 de abril de 2019

Chefe do IBAMA, servidores e empresários são presos na operação da PF


A Delegacia de Polícia Federal em Parnaíba deflagrou nesta quarta-feira (03) a “Operação KHIZI”, que desarticulou Organização Criminosa voltada para o comércio ilegal de madeira com atuação nos Estados da Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Piauí e Rio Grande do Norte.

Uma investigação iniciada no ano de 2017 relevou existência de conluio entre empresários do setor madeireiro, servidores públicos da Secretaria de Fazenda do Piauí e do IBAMA para viabilizar o comércio e transporte interestadual de madeira sem origem comprovada.
O crime era cometido por meio do uso de Documentos de Origem Florestal falsos e através de notas fiscais com informações falsas sobre quantidade, espécie e valor da mercadoria. Também foi descoberto o pagamento de propinas a agentes públicos responsáveis pela fiscalização tributária e ambiental.

A ação de hoje, que contou com a participação de 125 Policiais Federais de diversas Unidades da Federação, teve como objetivo dar cumprimento a 29 mandados de busca e apreensão, 8 mandados de prisão preventiva e 9 mandados de prisão temporária.
A polícia não revelou os nomes de todos os presos na operação. Mas dentre eles ficou confirmada a prisão do chefe do escritório do IBAMA em Parnaíba, Assis Daniel de Souza. Outro funcionário do órgão também foi preso. Isso além de dois funcionários da Secretaria da Fazenda do Piauí, um vereador de Buriti dos Lopes, cinco empresários e os demais membros da organização.

O grupo é acusado dos crimes de formação de organização criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso, inserção de dados falsos em sistemas, corrupção ativa e passiva, prevaricação, facilitação ao descaminho, sonegação de tributos.
Foi determinada a apreensão de veículos usados para viabilizar o transporte de madeira, indisponibilidade de bens imóveis e bloqueio de ativos financeiros dos principais envolvidos. O cumprimento dos mandados contou com participação de analistas do IBAMA e da Corregedoria do 2º Batalhão de Polícia Militar em Parnaíba.

O nome da Operação foi escolhido em alusão ao conjunto arquitetônico situado na ilha de Khizi/Rússia, composto por três edifícios eclesiásticos construídos apenas com encaixe de toras de madeira de pinheiros, sem a necessidade de uso de pregos ou parafusos, eleito como Patrimônio Mundial da Unesco em 1990.

Com informações da Polícia Federal

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