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domingo, 5 de setembro de 2021

BURY-AÇU, o espírito do brejo: O protetor da natureza e dos animais em Buriti dos Lopes – Piauí

 CONTO

(Obra de ficção literária)

BURY-AÇU, o espírito do brejo

Osny era muito pequeno quando seus pais chegaram para morar nos arredores da cidade de Buriti dos Lopes, vindos de São Bernardo, cidadezinha do Maranhão. Eles e mais outras famílias da região do Baixo Parnaíba chegavam para plantar arroz na Lagoa Grande, onde todos os anos no período sem chuvas a lagoa secava em quase toda a sua totalidade fazendo surgir milhares de hectares de terras com alta capacidade de produção. Isto atraía pessoas de diversas regiões, não somente das cidades vizinhas.

Final da década de 60 e o Brasil ainda vivia sob forte influência da ditadura militar que se instalara desde 31 de março de 1964. A cidade de Buriti dos Lopes vivia uma verdadeira euforia financeira. As calçadas das casas, as praças, muitas vezes até as laterais de ruas e avenidas eram utilizadas para secagem de arroz, dada a grande produção daquela época nas margens da lagoa. Os agricultores montavam acampamentos em barracas improvisadas com palhas de carnaúba e de buriti. Sanfoneiros tocavam seus acordes para animar as noites após árduos dias de trabalho, prostitutas da cidade e outras vindas das cidades vizinhas mantinham ali seus pontos de atendimentos. Restaurantes rústicos onde velhas senhoras preparavam pratos de arroz, feijão com pequi e toicinho, peixes, carne de sol e frito de capote. Os botequins vendiam cachaça da Serra da Ibiapaba e tiquira do povoado maranhense João Perez. Eram milhares de pessoas entre aqueles que trabalhavam diretamente na plantação de arroz e os outros nas atividades de apoio.

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