quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

INQUÉRITO CONTRA CIRO NOGUEIRA E MEMBROS DO PP RETORNA À PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA.

A denúncia feita pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, relatou a existência de um grupo criminoso organizado dentro do partido Progressistas.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, deu o prazo de cinco dias para que a Procuradoria Geral da República (PGR) analise as defesas apresentadas pelos membros do partido Progressistas, e manifeste parecer, no inquérito que apura possível crime de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O despacho do ministro foi assinado ontem (06).



A denúncia feita pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, relatava a "existência de um grupo criminoso organizado, comandado e articulado por políticos integrantes de diversas agremiações partidárias, com o escopo de viabilizar enriquecimento ilícito daqueles e de grupos empresariais, bem como financiar campanhas eleitorais, a partir de desvios públicos de diversas empresas estatais e entes da administração direta e indireta".

A denúncia inicialmente citava núcleos do PP, PT e PMDB, mas em outubro de 2016 o inquérito foi desmembrado, sendo apenas “referente aos membros do grupo criminoso organizado inseridos no Partido Progressista – PP”.

Janot relatou que “PP, PMDB e PT, utilizando indevidamente de sua sigla partidária, dividiram entre si, por exemplo, as diretorias de Abastecimento, Serviços e Internacional de Petrobras. Como visto, a indicação de determinadas pessoas para importantes postos chaves do ente público, por membros dos partidos, era essencial para implementação e manutenção do projeto criminoso”.

Além de Ciro Nogueira, foram denunciados Aguinaldo Velloso Borges Ribeiro; Aline Lemos; Arthur Lira; Benedito Lira; Carlos Magno Ramos; Dilceu Sperafico; Eduardo da Fonte; Gladson Cameli; Jerônimo Pizzolotto; João Pizzolatti; João Felipe Leão; José Linhares Ponte; José Otávio Germano; Lázaro Botelho Martins; Luis Carlos Heinze; Luiz Fernando Ramos Faria; Nelson Meurer; Renato Delmar Molling; Roberto Balestra; Roberto Pereira de Britto; Roberto Sérgio Ribeiro; Simão Sessim; Vilson Luiz Covatti; Waldir Maranhão; João Luiz Argolo (Filiado a SD); Pedro Correa; Pedro Henry; Mario Negromonte e José Olímpio Silveira Moraes (Filiado ao DEM).

Até o dia 27 de novembro, todos os acusados apresentaram suas defesas. Os autos com 21 volumes e 44 apensos foram enviados à PGR, para que analise e se manifeste sobre as alegações apresentadas. Depois disso, o parecer da Procuradora-Geral Raquel Dodge retornará ao ministro Edson Fachin.

Fonte: VIAGORA

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