A denúncia
feita pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, relatou a
existência de um grupo criminoso organizado dentro do partido Progressistas.
O ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, deu o prazo de cinco dias para que a
Procuradoria Geral da República (PGR) analise as defesas apresentadas pelos
membros do partido Progressistas, e manifeste parecer, no inquérito que apura
possível crime de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O despacho do
ministro foi assinado ontem (06).
A denúncia feita pelo
ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, relatava a "existência de
um grupo criminoso organizado, comandado e articulado por políticos integrantes
de diversas agremiações partidárias, com o escopo de viabilizar enriquecimento
ilícito daqueles e de grupos empresariais, bem como financiar campanhas
eleitorais, a partir de desvios públicos de diversas empresas estatais e entes
da administração direta e indireta".
A denúncia inicialmente
citava núcleos do PP, PT e PMDB, mas em outubro de 2016 o inquérito foi
desmembrado, sendo apenas “referente aos membros do grupo criminoso organizado
inseridos no Partido Progressista – PP”.
Janot relatou que “PP,
PMDB e PT, utilizando indevidamente de sua sigla partidária, dividiram entre
si, por exemplo, as diretorias de Abastecimento, Serviços e Internacional de
Petrobras. Como visto, a indicação de determinadas pessoas para importantes
postos chaves do ente público, por membros dos partidos, era essencial para
implementação e manutenção do projeto criminoso”.
Além de Ciro Nogueira,
foram denunciados Aguinaldo Velloso Borges Ribeiro; Aline Lemos; Arthur Lira;
Benedito Lira; Carlos Magno Ramos; Dilceu Sperafico; Eduardo da Fonte; Gladson
Cameli; Jerônimo Pizzolotto; João Pizzolatti; João Felipe Leão; José Linhares
Ponte; José Otávio Germano; Lázaro Botelho Martins; Luis Carlos Heinze; Luiz
Fernando Ramos Faria; Nelson Meurer; Renato Delmar Molling; Roberto Balestra;
Roberto Pereira de Britto; Roberto Sérgio Ribeiro; Simão Sessim; Vilson Luiz
Covatti; Waldir Maranhão; João Luiz Argolo (Filiado a SD); Pedro Correa; Pedro
Henry; Mario Negromonte e José Olímpio Silveira Moraes (Filiado ao DEM).
Até o dia 27 de novembro,
todos os acusados apresentaram suas defesas. Os autos com 21 volumes e 44
apensos foram enviados à PGR, para que analise e se manifeste sobre as
alegações apresentadas. Depois disso, o parecer da Procuradora-Geral Raquel
Dodge retornará ao ministro Edson Fachin.
Fonte: VIAGORA
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