A Polícia Federal
deflagrou na manhã desta sexta-feira (11) a Operação "Livre Acesso",
terceira fase da Operação "Grande Família", para identificar todos os
envolvidos no desvio de cédulas de RGs em branco do Instituto de Identificação
do Estado do Piauí.
Nesta etapa, a
operação policial contou com a parceria da Força Tarefa Previdenciária no
Estado do Piauí e mobilizou 27 Policiais Federais para o cumprimento de cinco
mandados de busca e apreensão em endereços dos investigados em Teresina,
expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Federal de Teresina.
A polícia informou
que esta fase da investigação visa obter provas que permitam a identificação de
todos os membros do grupo criminoso responsável pelo desvio e comercialização
das cédulas de RGs apreendidas.
O nome da Operação -
Livre Acesso - faz referência ao fato de que alguns dos investigados são
ex-funcionários do Instituto de Identificação do Estado do Piauí e tinham livre
acesso ao Posto de Atendimento para desviar as cédulas de RGs em branco,
realizando desvios até mesmo no período noturno e finais de semana.
Golpes usavam nomes
de falecidos
A investigação teve
início a partir da apreensão de centenas de cédulas de RGs em branco e de
milhares de RGs falsificados durante a Operação Grande Família, em maio de
2019. Na época, foram cumpridos 21 mandados de prisão e 31 de busca e apreensão
no Piauí e Maranhão.
De acordo com a PF,
as cédulas de RGs em branco desviadas do Instituto de Identificação eram
utilizadas para confecção de RGs falsos, em nomes de pessoas falecidas, e
depois usados para a abertura de contas bancárias fraudulentas na Caixa
Econômica Federal e para a realização de fraudes em benefícios do INSS.
Segundo a Polícia
Federal, 639 benefícios previdenciários foram fraudados. A Justiça Federal
determinou a imediata suspensão desses benefícios. De acordo com a PF, a medida
irá evitar um prejuízo estimado de R$ 80 milhões.
“Eles causaram um
prejuízo financeiro estimado em R$ 26 milhões, caso continuassem agindo poderia
ocasionar um dano de R$ 80 milhões”, afirmou o delegado da PF, Lucimar Sobral
Neto.
Preso teria desviado
R$ 26 milhões
Um dos suspeitos de
envolvimento no esquema foi preso na segunda fase da operação, em outubro de
2019. Ele teria aplicado golpes que somaram R$ 26 milhões, contra a
Previdência.
Fonte: G1/PI
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