O EGR — tecnologia que reduz a emissão de gases — estava irregular e sem tratar a fumaça.
Polícia Rodoviária Federal (PRF) identificou, na manhã desta terça-feira (25), um caminhão circulando com o sistema de controle de emissões de poluentes adulterado na BR-343, em Piripiri-PI. A fiscalização ocorreu por volta das 11h40, no km 189 da rodovia.
Durante a abordagem,
os agentes verificaram que o veículo — fabricado em 2014 e obrigado a cumprir
os padrões de emissão do PROCONVE P7 — apresentava diversas irregularidades no
sistema EGR (Recirculação dos Gases de Escape), responsável por reduzir a emissão
de gases tóxicos.
Irregularidades
encontradas
A equipe constatou
três falhas principais:
Luz indicadora de mau
funcionamento (LIM) permaneceu acesa em todas as posições da ignição, indicando
falha contínua no sistema;
Sistema OBD registrou
falhas há mais de 48 horas, o que, pela legislação ambiental, deveria acionar a
redução automática de torque — o que não ocorreu;
Cano de escape
desconectado do sistema EGR, o que impede o tratamento dos gases poluentes
antes de sua liberação no ar.
Segundo o PROCONVE e
as normas do CONAMA, veículos pesados devem utilizar sistemas de controle de
emissões (EGR ou SCR) e combustível adequado (diesel S10) para atender aos
limites de poluição. A manipulação ou inoperância desses sistemas caracteriza
crime ambiental.
Enquadramentos legais
Com base no que foi
verificado, a conduta foi enquadrada, em tese, nos seguintes dispositivos:
Crime ambiental de
poluição (Art. 54, §2º, V – Lei 9.605/98);
Infração
administrativa ambiental (Art. 68 do Decreto 6.514/2008);
Infração ao CTB (Art.
230, IX c/c Res. 958/2022 do CONTRAN).
A PRF destacou que o
caminhão já havia sido flagrado anteriormente, em outra fiscalização realizada
no ano de 2025, por crime ambiental relacionado à poluição.
Providências
O veículo foi retido
e encaminhado ao pátio da PRF, onde permanecerá até que seja regularizado. O
proprietário terá prazo de 15 dias para apresentar nota fiscal do reparo, além
de laudo técnico de oficina especializada, comprovando que o sistema volta a atender
aos padrões ambientais estabelecidos pelo IBAMA.
Fonte: PRF

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