Operação foi
autorizada pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal. PF investiga
supostos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro.
A Polícia Federal
(PF) deflagrou na manhã desta sexta-feira (22) uma operação decorrente de
inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) tendo como principal investigado o
senador Ciro Nogueira (PP-PI), que também é presidente da legenda.
A operação,
batizada de Compensação, foi autorizada pela ministra Rosa Weber, do STF. A PF
investiga supostos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro. O G1
falou com a assessoria do senador às 7h32 e aguarda uma resposta.
Cerca de 30
policiais federais cumpriram na manhã desta sexta 7 mandados de busca e
apreensão nas cidades de Teresina (PI), Brasília (DF) e São Paulo (SP), além de
intimações para fins de depoimentos dos envolvidos. A PF fez buscas em
residências e sedes de duas empresas ligadas ao senador.
Investigação
O inquérito foi
aberto no STF em setembro do ano passado, por decisão do ministro Edson Fachin,
relator da Operação Lava Jato. O objetivo do inquérito é investigar o
presidente do PP, senador Ciro Nogueira, o ex-ministro e atual prefeito de
Araraquara, Edinho Silva (PT); e os executivos da J&F Joesley Batista e
Ricardo Saud.
Fachin atendeu a
pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que quer apurar o envolvimento
dos quatro em crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Conforme a PGR, o
objetivo é investigar suposto pagamento de propina ao senador para que o
partido apoiasse o PT em 2014, e em 2017, para que o PP não apoiasse o
impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Em 2014, segundo
Joesley e Saud, o PP recebeu valores para integrar a coligação do PT nas eleições.
O dinheiro teria sido repassado por meio de doações eleitorais oficiais ao PP,
além de R$ 2,5 milhões em dinheiro, por meio de um supermercado do Piauí. O
valor total repassado teria sido R$ 43 milhões. Quem aprovava os pedidos era o
ministro Edinho Silva, segundo as delações.
Os citados
Na ocasião da
abertura do inquérito, o atual prefeito de Araraquara e ex-coordenador
financeiro da campanha de Dilma em 2014, Edinho Silva, afirmou que agiu dentro
da legalidade e de forma ética. Ele afirmou, ainda, que o PP já fazia parte do
governo Dilma, estando à frente de ministério, e que, portanto, tinha interesse
lógico na reeleição da presidente.
O senador Ciro
Nogueira reafirmou que as acusações contra ele são infundadas e absurdas,
motivo pelos quais não se sustentam. Ele disse também que confia plenamente na
Justiça para esclarecer os fatos e trazer à tona a verdade.
O empresário
Joesley Batista afirmou, por meio de seu advogado, que a abertura de inquérito
se deu com base em documentos apresentados pelos colaboradores em agosto de
2017, reforçando a eficácia da colaboração e a vigência do acordo. A defesa
reiterou, com base em decisão judicial recente, que até decisão final do STF, o
acordo de colaboração premiada está vigente.
O empresário
Ricardo Saud não quis se manifestar na ocasião.
Com informações Portal Fala Piauí.
Nenhum comentário:
Postar um comentário