A Câmara Municipal de
Teresina aprovou nesta quarta-feira (13) uma moção de repúdio ao secretário de
Saúde do Piauí, Florentino Neto (PT). A moção foi proposta pelo vereador Ítalo
Barros (PTC). O motivo foi o caso do paciente renal José Ramos, que deixou de
adquirir um rim por falta de uma passagem que deveria ser garantida pelo
Estado. Ele espera pelo transplante há 11 anos e perdeu a oportunidade devido à
negligência do governo.
O vereador Stanley
Freire (PL), que é paciente renal, levou o caso à tribuna da Câmara e criticou
duramente a situação. O discurso dele foi aparteado por vários vereadores que
também condenaram a ineficácia do secretário por não garantir a viagem do
paciente para fazer o procedimento em Fortaleza. Até mesmo o vereador Dudu (PT)
lamentou o episódio.
Em um aparte ao
discurso de Stanley, o vereador Joaquim do Arroz se disse estarrecido com a
inércia de Florentino. Para ele, perdeu-se a chance de mudar a vida do paciente
José Ramos por incompetência administrativa. "Peço a atenção em relação ao
governador, porque nesse caso o único erro que eu vejo no governador é apostar
num gestor que não tem iniciativa, que não tem o mínimo de coração e nem
capacidade de gestão", desabafou.
A moção de repúdio
foi aprovada com 17 votos favoráveis. Nenhum vereador votou contra.
O
QUE DIZ A SESAPI
Sobre a moção de
repúdio ao secretário Florentino Neto, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi)
informou ao Política Dinâmica que não vai se pronunciar. Em relação ao episódio
do paciente José Ramos, a Sesapi alega que ocorreu um "infortúnio". O
órgão justifica que no mesmo fim de semana garantiu 40 passagens para pacientes
do TFD (Atendimento Fora de Domicílio). No entanto, diz que tentou buscar a
passagem de José Ramos, mas quando confirmada a possibilidade de efetivação do
transplante em Fortaleza, as empresas áreas não tinham vagas em seus voos
disponíveis.
Segundo a Sesapi, o
paciente precisava embarcar às 14h e só tinha vaga no voo das 22h. A secretaria
se defende afirmando que a passagem não deixou de ser comprada por omissão da
administração estadual, mas devido à ausência de vagas nos voos para Fortaleza.
Fonte: Politica
Dinâmica/Por Gustavo Almeida
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