A Polícia Civil do
Piauí, por meio da Diretoria de Operações Policiais (DEOP), cumpriu mandado de
prisão preventiva contra o tenente da Polícia Militar do Piauí, de iniciais A.
F. T. S.. O investigado já se encontrava detido desde o último dia 18, em razão
de uma prisão temporária expedida no inquérito que apura a morte do caseiro
José de Ribamar, ocorrida em abril de 2023, no sítio do militar, localizado na
comunidade Caju, no município de Santo Inácio do Piauí.
De acordo com as
investigações, José de Ribamar — funcionário do próprio tenente — foi
encontrado morto em circunstâncias inicialmente apresentadas como acidente por
descarga elétrica. No entanto, diligências posteriores, oitivas e análise de
documentos revelaram indícios de falsificação, ameaças a testemunhas e possível
simulação da cena do crime. A Polícia Civil apura que o militar teria provocado
a morte do caseiro com o objetivo de receber um seguro de vida no valor de R$
1,5 milhão. O seguro tinha como beneficiário um advogado amigo do tenente e não
havia conhecimento por parte da família da vítima sobre sua existência.
Durante o período de
prisão temporária, novas diligências reforçaram as suspeitas contra o
investigado. A equipe apurou a existência de um segundo seguro de vida, desta
vez no valor de R$ 1 milhão, contratado em nome de outro funcionário, ligado à
família da ex-esposa do tenente. Nesse caso, o próprio tenente figurava como
beneficiário.
Segundo depoimentos
colhidos, o militar teria planejado também a morte do segundo funcionário,
simulando uma situação de acidente elétrico. O caseiro relatou que o tenente
solicitou que ele retirasse um suporte de TV, mas, ao desconfiar da situação,
encontrou fios desencapados conectados ao equipamento, o que poderia provocar
uma descarga elétrica fatal. A tentativa não se consumou porque o trabalhador
percebeu a irregularidade antes de tocar no suporte.
Com o avanço das
investigações e a consolidação dos elementos que apontam para homicídio
qualificado e tentativa de homicídio motivados por fraude a seguros, a
autoridade policial representou pela prisão preventiva do tenente, medida que
foi deferida pelo Poder Judiciário e cumprida pela DEOP.
“As investigações continuam
visando ao completo esclarecimento dos fatos e identificação de eventuais
outros envolvidos, pelo que foi investigado, esse tenente é de extrema
periculosidade pode coagir vítimas e até atentar contra a vida de testemunhas”,
explica o delegado Tales Gomes.
Assessoria de Comunicação da Polícia Civil do Estado do Piauí

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