Nesta
terça-feira (07), a Polícia Federal, com o apoio da Coordenação de Inteligência
da Previdência Social – COINP, deflagrou, a Operação Fictus com o objetivo de
desarticular organização criminosa especializada na prática de fraudes de
benefícios em prejuízo ao Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS. Os
mandados foram cumpridos em cidades do Piauí e Maranhão.
De
acordo com a PF, foram mobilizados mais de 120 Policiais Federais para o
cumprimento de 38 mandados judiciais, sendo dez de prisão preventiva, 27 de
busca e apreensão e um de afastamento de cargo público.
Todos
os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado
do Piauí, e foram cumpridos nos municípios de Parnaíba/PI, Teresina/PI, São
Luís/MA, Bacabal/MA, Codó/MA, Grajaú/MA, Pedreiras/MA e Trizidela do Vale/MA.
Segundo
a PF, as investigações apontam que as fraudes ocorriam mediante a criação de
“idosos fictícios” para fins de obtenção de benefício previdenciário e de
natureza assistencial, por meio da falsificação de documentos de identificação
civil e transferência irregular de benefícios em manutenção. Além disso,
ocorria a reativação de benefícios cessados de pessoas falecidas, por meio de
prova de vida bancária a partir da juntada de documentos de identidade falsos e
comprovante de endereços falsos, inclusive, alguns com dados dos próprios
investigados.
Durante
as investigações, aconteceu a prisão em flagrante de um dos líderes da
organização criminosa, na cidade de Bacabal/MA, quando tentava sacar benefício
instituído em nome de pessoa fictícia, no ato representado por um idoso (“ator”).
Houve ainda, em dado momento da investigação, a tentativa de destruição de
provas.
A
PF informou que as apurações identificaram ao menos 505 benefícios com indícios
de fraudes ligados aos investigados. O prejuízo causado pelo esquema criminoso
ao INSS está estimado em pelo menos R$ 71 milhões. A economia com a suspensão
desses benefícios é estimada em mais de R$ 44 milhões.
A
Justiça Federal determinou também o sequestro de bens e valores de quantia
superior a R$ 71 milhões, montante referente ao prejuízo atual dos benefícios
cujos indícios de fraude foram identificados até o momento.
Conforme
a polícia, os investigados poderão responder pelos crimes de organização
criminosa, estelionato previdenciário, falsificação de documento público, uso
de documento falso, inserção de dados falsos em sistemas de informação,
corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
Fonte: Viagora
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