O
juiz Dioclécio de Sousa da Silva, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Parnaíba,
concedeu habeas corpus ao policial militar Valério de Sousa Caldas Neto. Ele é
acusado de matar a tiros o policial civil Alexsandro Cavalcante Ferreira no dia
12 de setembro.
Há
cerca de 15 dias, a juíza Maria do Perpétuo Socorro Ivani de Vasconcelos, da 1ª
Vara Criminal da Comarca de Parnaíba, havia decretado a prisão preventiva do
policial militar, que já estava preso temporariamente. Contudo, em nova
decisão, considerou-se que não há necessidade. O juiz Dioclécio Sousa avaliou
que os elementos apresentados pela acusação "não são suficientes para
autorizar a excepcionalidade de manutenção de um decreto prisional, quando
ausentes quaisquer informações de possível intento do paciente em desvencilhar
a instrução criminal e nem mesmo que a permanência dele ao meio social
oferecerá alguma periculosidade", diz a decisão.
O
crime aconteceu em Parnaíba, litoral do Piauí, onde o acusado estava preso
temporariamente. A prisão temporária foi prorrogada uma vez e, no último dia
10, a juíza decretou que o PM ficasse preventivamente preso.
PM disse que vítima apontou arma
O
PM afirmou que durante a madrugada do dia 12 de setembro avistou Alexsandro
andando sozinho na rua com um capuz e achou sua atividade suspeita e resolveu
seguir o rapaz.
Durante
depoimento, o policial militar Valério de Sousa Caldas Neto alegou que a vítima
estava andando em atitude suspeita e teria apontando uma arma durante
abordagem, por este motivo atirou duas vezes.
O
suspeito então afirmou que encontrou o policial civil em uma rua, quando ele
teria andado em sua direção e puxado uma arma. Em reação, o PM disse que atirou
duas vezes contra Alexsandro.
O
policial militar relatou também que não conhecia a vítima e nem sabia que ele
era policial civil. Após os disparos, o suspeito contou ter pego a arma de
Alexsandro e resolveu voltar para casa e ligar para seu supervisor.
Alexsandro
foi encontrado morto na rua de sua casa, no residencial Caminhos da Alvorada.
Alex, como era conhecido, estava lotado na Delegacia da Mulher (Deam) de
Parnaíba.
Perícia no local do crime
Na
noite do dia 5 de outubro, a Delegacia de Facções, Homicídios e Tráfico de
Drogas (DFHT) de Parnaíba realizou uma perícia no local da morte do policial
civil Alexsandro Cavalcante Ferreira, de 45 anos.
"Diante
de novas informações e análise do vídeo do crime, a investigação foi avançando.
Solicitamos uma perícia de local de crime complementar para esclarecer algumas
dúvidas que ficaram no depoimento do autor", explicou o delegado Maycon
Kaestner, da DFHT de Parnaíba.
Durante
a perícia, os peritos analisaram a dinâmica do crime ocorrido em setembro deste
ano. Foi utilizado o próprio veículo do policial militar, analisadas as
distâncias e ângulos, e feitas várias sequências do assassinato.
Fonte: G1
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