Uma jovem de 19 anos,
identificada apenas como Ana Beatriz, denunciou na manhã desta terça-feira
(10), um clínico geral por assédio sexual. Segundo a vítima, o crime ocorreu no
Pronto Socorro Municipal de Parnaíba, durante uma consulta.
A paciente relatou
que foi até o hospital após apresentar sintomas de dengue. Durante o
atendimento médico, o profissional, ao auscultar os batimentos cardíacos dela,
apalpou os seios da jovem, que estranhou e o questionou. O clínico teria dito a
ela que se tratava de um procedimento normal.
"Fui ao SAMU com
suspeita de dengue, chorava no corredor, de dor. Entrei para ser atendida e o
médico apalpou meus seios. Eu reagi, gritei, chorei e o hospital a todo momento
acobertando. O hospital não quis nem falar o nome dele para fazer o B.O.
Falaram que nunca tinha ocorrido e me perguntaram se eu fazia uso de remédio
controlado. Eu não vou me calar, não vai ficar impune", desabafou
a jovem em sua rede social.
Um boletim de
ocorrência foi registrado na Delegacia da Mulher. "A polícia foi chamada e
nem apareceu. Eu quero que a justiça seja feita! Eu quero que aquele nojento
pague pelo que fez e me fez sentir. Quando temos medo apenas de ser mulher não
é em vão, porque nem em uma consulta estamos seguras. Estou recebendo mensagens
de outras mulheres que passaram pelo mesmo, mas que por medo elas não fizeram
B.O. Por elas também vou lutar para que a justiça seja feita!", declarou a vítima.
A Prefeitura de
Parnaíba, emitiu uma nota de esclarecimento, sobre a denúncia de suposto
assédio sexual, ocorrido na manhã desta terça-feira (10), no Pronto Socorro
municipal, e resolveu abrir uma sindicância para apurar os fatos. Veja a nota
abaixo:
A paciente,
identificada pelas iniciais A.B.P.P., deu entrada no Pronto Socorro Municipal
por volta das 07h40min, acompanhada de seu pai.
A mesma relatou
fortes dores de cabeça, dor no corpo, dor de garganta, coriza e febre. Durante
atendimento de triagem foi verificado que a mesma apresentava pressão arterial
de 120×70, pulso de 117 bpm e temperatura corpórea de 37,9°.
Ao ser examinada pelo
médico plantonista, Dr. Cesar Zacarias, a paciente alegou ter sofrido assédio
sexual, após o médico encostar o estetoscópio em seu tórax.
A Prefeitura de
Parnaíba, através da direção do Pronto Socorro Municipal, bem como a Ouvidoria
Geral do Município, abriu sindicância para uma melhor apuração dos fatos.
No entanto,
entende-se que, diante do quadro apresentado pela paciente e, comprovado por
exames de triagem, o exame de ausculta cardíaca e pulmonar, fez-se
absolutamente necessário e também considerado de rotina em uma consulta médica.
Por fim, cabe salientar que, após o episódio, a paciente foi atendida e medicada por outra profissional médica presente em regime de plantão no Pronto Socorro Municipal.
Por Eduardo Machado, infocopiaui.com
Edição Portal do Rurik
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