Um policial militar
matou um jovem de 19 anos dentro da Delegacia de Polícia Civil de Camocim, no
litoral do Ceará, na madrugada desse domingo (06/02). Os dois haviam sido
levados à delegacia após uma discussão.
Em nota, a Secretaria da Segurança do Ceará confirmou a prisão em flagrante do policial e disse que uma equipe da Polícia Militar foi acionada para atender a uma ocorrência envolvendo o agente, que estava de folga. O PM e o rapaz foram conduzidos para a delegacia da cidade. No local, enquanto aguardavam o procedimento, o militar atirou contra o jovem que não resistiu aos ferimentos, segundo a secretaria.
Em depoimento à Polícia Civil, o policial identificado como George Tarick de Vasconcelos Ferreira, de 33 anos, disse que matou o jovem "em um momento de fúria, levado por violenta emoção", após ele ter passado pela vítima duas vezes para ir ao banheiro quando a vítima teria "lhe encarado e o desafiado".
Familiares da vítima, o jovem Mateus Silva Cruz, de 19 anos, afirmaram que a discussão entre os dois começou em uma festa que ocorria na Praia de Camocim. Segundo os familiares, o rapaz estava algemado e sem chances de defesa quando foi atingido pelos tiros. A nota da secretaria, no entanto, não confirma se a vítima estava algemada.
O PM foi preso, autuado em flagrante por homicídio e teve a arma apreendida. A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) disse que determinou a instauração de processo disciplinar para apuração do caso na seara administrativa, estando, atualmente, em trâmite.
Jovem é sepultado em
meio a protesto de familiares e amigos
O jovem Matheus Silva Cruz, de 19 anos, foi sepultado na manhã desta segunda-feira (07/02), em meio ao protesto de amigos e familiares, que cobram justiça pelo crime, ocorrido na cidade de Camocim, no litoral do Ceará.
Durante o cortejo do corpo para o cemitério, dezenas de pessoas se reuniram nas ruas da cidade, com cartazes "Justiça por Mateus", além de homenagens. Durante o momento, várias pessoas choravam, enquanto cantavam músicas religiosas.
Para a família do jovem, além do PM que fez os disparos, outras pessoas devem ser responsabilizadas pelo crime, pois Mateus estava sob a custódia da Polícia Civil quando foi atacado.
Via: In Foco
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