O Ministério Público
do Piauí, por meio da atuação da 8ª Promotoria de Justiça de Parnaíba, obteve
nesta quinta-feira, 04 de novembro, a condenação de Geovane Alisson de Sousa a
72 anos e 8 meses de prisão por seis crimes cometidos contra Paulo Henrique
Lima Caldas e David Soares Maciel.
O promotor de Justiça
Rômulo Cordão atuou na sessão do Tribunal do Júri como o representante do
Ministério Público Estadual. O julgamento durou quase sete horas e foi
transmitido pelo canal da 1ª Vara Criminal de Parnaíba.
O crime
Na madrugada do dia
28 de fevereiro para o dia 1º de março de 2018, em uma residência utilizada
como ponto de venda de drogas, no Bairro Piauí, as vítimas Paulo Henrique Lima
Caldas e David Soares Maciel, após serem mantidas em cárcere privado (art. 148,
caput, do Código Penal), foram torturadas (art. 1º, II da Lei nº 9455/97), e
assassinadas por motivo fútil e torpe, com emprego de meio cruel e recursos que
tornaram impossíveis as suas defesas. David Soares Maciel ainda teve seu
cadáver vilipendiado (art. 212, do Código Penal). Ambos os corpos foram
esquartejados e ocultados no quintal do local do crime (art. 211, do Código
Penal).
O crime, segundo o
promotor de Justiça Rômulo Cordão, à época chocou toda a população da cidade de
Parnaíba e ganhou repercussão estadual e nacional.
O réu Geovane Alisson
de Sousa participou de todos os delitos mencionados junto com os demais
coautores. Ele foi condenado por seis dos sete delitos apontados na denúncia
apresentada pelo Ministério Público (dois homicídios, um com cinco e outro com
quatro qualificadoras, ocultação de cadáver, vilipêndio de cadáver, tortura e
fraude processual).
Os demais autores do crime, também presos, aguardam a designação de sessão plenária de julgamento do Tribunal do Júri.
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