A operação realizada nesta terça, é um
desdobramento da Lava Jato.
A
Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na residência do senador
Ciro Nogueira do Progressistas, onde encontrou cerca de R$ 200 mil em dinheiro.
A operação realizada nesta terça(24) foi um desdobramento da Lava Jato.
O
advogado do senador piauiense, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, falou
ao G1 por meio de nota que o parlamentar declarou no seu Imposto de Renda que
tem dinheiro em espécie no valor de R$ 180 mil. O restante, segundo ele, pode
ser de sua mulher a deputada federal Iracema Portela (Progressistas). “Os
recursos são legais e vamos, inclusive, fazer uma petição solicitando a
devolução do dinheiro”, afirmou Kakay.
Segundo
ele, o senador, que preside o PP, retornará ao Brasil na próxima quinta-feira
(26), para se colocar à disposição da PF e do Ministério Público para
depoimentos. Ele está em viagem oficial à Europa para reuniões na OMC
(Organização Mundial de Comércio).
Veja a nota na íntegra:
A
defesa do senador Ciro Nogueira deseja esclarecer que a busca e apreensão
efetuada na residência e no gabinete do Senador, embora a defesa entenda que
foi absolutamente desnecessária, ocorreu rigorosamente dentro da legalidade, em
cumprimento a ordem emanada de Ministro do Supremo. Na residência não houve
documento apreendido e a apreensão de montante em espécie é facilmente
justificada, pois o senador tem em seu IR valores em moeda regularmente declarados.
Ademais,
dentro dos cofres localizados na residência, cujas senhas foram voluntariamente
fornecidas pelo casal, também tinham pertences e valores particulares de sua
esposa, que é deputada federal. Os poucos documentos apreendidos no gabinete do
senador não causam nenhuma preocupação.
A
afirmação de que o senador, de alguma maneira, pudesse ter feito qualquer
movimento a ser equivocadamente entendido como tentativa de obstrução é, nas
palavras do senador, completamente fora da realidade. Sequer 'en passant' o
senador praticou qualquer ato que pudesse ser interpretado como tentativa de
embaraço. A defesa reitera que o senador Ciro continua à disposição do poder
Judiciário para todo e qualquer esclarecimento, como sempre esteve.
Ameaça a assessor.
O
ex-assessor parlamentar José Expedito Rodrigues Almeida revelou à Polícia
Federal que foi ameaçado pelo senador Ciro Nogueira e pelo deputado Dudu da Fonte,
alvos de busca e apreensão pela PF nesta terça. Almeida contou à PF que foi
procurado pelo ex-deputado Márcio Junqueira preso nesta terça-feira, em nome de
Ciro e Dudu. “Ele disse que era para eu sumir”, revelou.
Segundo
o Antagonista, Almeida chegou a entrar para o programa de proteção à
testemunha, mas saiu logo depois. Foi quando começou a ser assediado por Junqueira,
que lhe prometeu emprego e casa em Roraima.
Para
“desaparecer”, o emissário de Ciro e Dudu também fez vários pagamentos ao
ex-assessor. O dinheiro era entregue em diferentes cidades. Ele também pagou
mais de R$ 100 mil em propina, usando “boletos bancários”.
Ainda
segundo o Antagonista, o ex-assessor parlamentar foi testemunha-chave no
inquérito do quadrilhão do PP,
quando revelou pagamentos de propina a seu ex-chefe e hoje presidente do partido,
senador Ciro Nogueira (Progressistas).
Fonte: GP1
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