quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

BOM PRINCIPIO: OPERAÇÃO CUMPRE MANDADOS POR FRAUDE EM CONCURSO NO PIAUÍ.

Estão sendo cumpridos 13 mandados busca e apreensão nos municípios piauienses de Bom Princípio, Parnaíba e Teresina.

O Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) estão realizando nesta quarta-feira (14) a operação.


“Bons Princípios”, que investiga fraudes em concurso público e desvios de recursos para pagamentos a empresa de fachada contratada para realização do certame realizado pela prefeitura de Bom Princípio do Piauí no dia 22 de janeiro deste ano. A ação é realizada em parceria com a Polícia Civil, o Ministério Público do Estado e o Tribunal de Contas do Estado (TCEPI).

Estão sendo cumpridos 13 mandados busca e apreensão nos municípios piauienses de Bom Princípio, Parnaíba e Teresina. Dentre os alvos das buscas estão as residências do prefeito e cinco vereadores do município de Bom Princípio do Piauí, um oficial da Polícia Militar, além dos proprietários da empresa Água Marinha Consultoria e Projetos LTDA ME, responsável pela realização do concurso.

Segundo informações da CGU, investigações apontam que pessoas ligadas ao prefeito Francisco Apolinário Costa Moraes e a vereadores do município, foram beneficiadas no concurso realizado pela prefeitura. Essas pessoas foram aprovadas e depois nomeadas. A CGU encontrou vários indícios de favorecimento. Também foi identificado que a empresa que realizou o concurso, não apresentava capacidade operacional para a realização do certame e que ela foi usada como fachada para a realização do concurso público em Bom Princípio e para a oferta de capacitações em municípios da região norte do estado do Piauí, custeadas com recursos federais, estaduais e municipais.

O concurso foi realizado com vagas destinadas à área de educação e saúde, cujos vencimentos são custeados com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e do Fundo Municipal de Saúde. Participam da operação cerca de 40 pessoas, entre policiais civis, promotores de justiça do MPPI e auditores da CGU e do Tribunal de Contas do Estado.

O concurso

O edital do concurso foi lançado no dia 10 de novembro de 2016 para o preenchimento de 62 vagas e cadastro de reserva para diversos cargos efetivos no âmbito da Administração Pública Municipal. Em regime de 20h a 40h semanais, com remunerações que poderiam chegar até R$ 5.928.00 mil. A prova estava agendada para acontecer no dia 8 de janeiro de 2017 desse ano pela empresa Água Marinha Consultoria e Projetos.

Só que uma decisão do dia 28 de novembro do conselheiro do TCE, Kleber Dantas Eulálio, determinou a suspensão do concurso público, após inspeção encontrar irregularidades, como o fato do prefeito não ter informado ao órgão a realização do concurso, não comprovou a autorização e não informou sobre as despesas com pessoal, se estão de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, além de falhas na elaboração do edital.

Posteriormente foi revogada a decisão do conselheiro e o concurso f A promotoria de Buriti dos Lopes também conseguiu suspender o resultado final do concurso após conseguir uma liminar, mas o prefeito ingressou com um Agravo de Instrumento onde o desembargador Paes Landim validou o resultado final e assim foram autorizadas as nomeações.


Fonte: GP1

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