Maria Edna Lima da
Silva, de 27 anos, acusada de matar o próprio marido, Wandson da Silva
Fontenele, após uma discussão na cidade de Piracuruca, no último domingo (28)
[CLIQUE AQUI E REVEJA], teve sua prisão domiciliar decretada nesta quarta-feira
(16). A decisão foi dada por volta de meio-dia pelo Juiz Stefan Ladislau, da
Vara Única de Piracuruca.
Ao Meionorte.com, o
delegado Abimael Silva, titular do município, explicou que a investigada ficará
detida domiciliarmente com monitoramento por tornozeleira eletrônica. Segundo
ele, o juiz optou por homologar o flagrante lavrado pelo pedido de prisão
preventiva da autoridade policial.
A decisão da justiça
por prisão domiciliar foi pautada no contexto familiar de Maria Edna Lima, que
possui filhos menores dependentes dela, sendo um deles com apenas dois meses de
vida.
Interrogatório
traz detalhes do crime
O interrogatório de
Maria Edna Lima da Silva foi divulgado e mostra o depoimento da suspeita, onde
ela narra detalhes do que aconteceu no dia do crime. Segundo ela, em depoimento
ao delegado, a discussão entre o casal iniciou em uma barragem que eles estavam
ingerindo bebida alcoólica.
“A gente estava na
barragem bebendo, aí caiu um rapaz de moto próximo a nós , nisso os meninos
ficaram sorrindo, o Wandson disse: ‘deixa que esse cara já me ameaçou outro
dia’. Aí demorou pouco e quis ter uma briga entre o Thiago e esse rapaz, o
Wandson tirou. Quando acalmou eu perguntei para ele porque esse cara tinha
ameaçado ele, ele disse ‘vai tomar onde as patas toma’, eu perguntei de novo:
‘Como é Wandson?’ e ele repetiu. Eu fiquei com vergonha, tinha um monte de
gente, eu amamentei o neném e sai caminhando e fui para casa, no meio do
caminho a Juliana me deu carona. Chamaram o Wandson, ele demorou, era umas 17h
e pouco, ficamos até umas 18h na estrada porque estava escuro”, explicou.
Chegada
em casa
“Quando eu cheguei em
casa a moto estava na frente, demorou pouco a Juliana me ligou perguntando se a
chave que estava dentro do carro era minha, eu disse que era, ela foi, trouxe e
eu entrei, o Wandson tinha saído com o Thiago, ele retornou, pulou o muro e
pegou a minha chave e saiu de novo. Passou um tempo ele voltou, ficou batendo
no portão para eu abrir, eu disse que quem estava com a chave era ele. Ele deu
uns chutes no portão que empenou, pulou o muro, entrou e abriu e a gente
começou a discutir”.
Agressões
“Eu peguei a minha
comida, me sentei para comer, ele me xingou, nisso ele foi e me deu duas
testadas, a gente começou a se empurrar, eu estava com a faca na mão, uma faca
de mesa preta, mas eu não tinha intenção de fazer mal não, eu nem imaginei, se
soubesse tinha soltado. A gente começou a brigar, ele me empurrou na parede,
mordeu meu braço, puxou meus cabelos, eu tentando me soltar, eu dizia: ‘Deixa
Wandson bastante hematoma em mim que eu vou te denunciar’”.
“Quando a gente saiu
da parede que eu consegui fazer ele me soltar, eu virei e a gente caiu no chão,
fiquei embaixo com a faca na mão e ele caiu por cima da faca. Eu ainda peguei
um jarro na estante e bati na cabeça dele. Nessa hora eu vi só o corte, não
sangrou nem nada e ele saiu, se levantou, foi no banheiro, sentou no vaso e reclamou
que tava doendo. Eu peguei o celular e liguei para o Marcelo e depois para a
Juliana. Ele saiu do banheiro, veio cambaleando até a sala e caiu, quando ele
caiu eu pensei que ele estava brincando. Eu fiquei metendo a mão na boca dele
para ele não enrolar a língua, arrastei ele até o carro e o Marcelo deitou ele
no banco, e eu sempre com os dedos na boca dele porque estava querendo
enrolar”.
Arrependimento
“Eu ainda chamei ele
duas vezes para a gente ir até o hospital na moto, não era para ter acontecido
aquilo é porque o Wandson quando está bebendo ele sai de si, fica diferente,
fica ignorante, vem para cima de mim. Eu não sei porque eu não soltei aquela faca,
ele me ajudava tanto, cuidava dos meus filhos como ninguém, a gente tinha um
monte de sonhos, uma casa nova, ia botar uma padaria, agora estou perdida”.
Agressões
anteriores
“Só essas coisas de
mais grosseria, de me empurrar, me chutar, tenho uma foto do meu braço inchado
que ele me apertou bastante, mas essas coisas assim de brigar era difícil. A
gente ficava mais calado, passava um, dois dias sem se falar. Porque a gente
bebeu, se empolgou, não soube parar, começou a me agredir e não soube parar. E
eu tinha dito para a Juliana que eu ia para a casa da mãe, mas quando eu
cheguei em casa o neném começou a chorar eu botei ele para dormir e acabei não
indo. Queria pedir perdão a mãe do Wandson”.
Fonte: Meio Norte
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