Na manhã desta
quarta-feira (02), a Polícia Federal deflagrou a Operação Caligo com objetivo
de cumprir 10 mandados de busca e apreensão em Teresina.
De acordo com a PF,
os mandados foram expedidos pela 3ª Vara da Justiça Federal no Piauí, que envolveram
a participação de 50 policiais federais e 7 auditores da Controladoria Geral da
União.
Segundo a PF, um dos
alvos da operação é a Fundação Municipal de Saúde de Teresina e uma
distribuidora de medicamentos.
A PF informou que
desde de março de 2020 foram firmados, mediante dispensa de licitação, diversos
contratos emergenciais entre a Fundação Municipal de Saúde e duas empresas
fornecedoras de EPIs, kit de testes IGG/IGM, insumos e equipamentos
hospitalares para enfrentamento à pandemia causada pela Covid-19, custeados com
recursos do FNS e Ministério da Saúde, que totalizam, em valores empenhados até
julho/2020, R$ 17.427.171,53.
"A investigação
apontou graves divergências entre a quantidade comprada e aquela efetivamente
fornecida à FMS, bem como alterações na especificação dos produtos e margem de
lucro excessiva (de até 419%), injustificável mesmo em tempos de pandemia.
Estima-se que o lucro bruto obtido seja de aproximadamente R$ 4.500.000,00,
valor suficiente para a construção de um hospital completo de campanha",
disse a PF através de nota.
Conforme a PF, as
ordens judiciais cumpridas hoje têm o intuito de aprofundar as investigações
acerca de irregularidade dos processos de dispensa de licitação, além de obter
informações quanto ao recebimento dos produtos negociados entre as empresas e a
FMS no período em tela.
Com informações: VIAGORA
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