Também são alvos do
inquérito o ex-ministro Edinho Silva, e os executivos Joesley Batista e Ricardo
Saud. O pedido de instauração de inquérito é baseado na colaboração premiada de
executivos do J&F.
O ministro Edson
Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a instauração de inquérito
contra o senador Ciro Nogueira (Progressistas) por supostos crimes de corrupção
e lavagem de dinheiro. A decisão é da última terça-feira (11) e foi divulgada hoje
(13) pelo Estadão.
Também são alvos do
inquérito o ex-ministro Edinho Silva (PT), e os executivos Joesley Batista e
Ricardo Saud. O pedido foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em
dezembro do ano passado.
As acusações giram
em torno do suposto recebimento de vantagens indevidas pelo Progressista para
apoiar a reeleição de Dilma Rousseff (PT) em 2014 e não agir contra a
ex-presidente no processo de impeachment instaurado no Congresso Nacional. O
pedido de instauração de inquérito é baseado na colaboração premiada de
executivos do Grupo J&F.
De acordo com a
PGR, as narrativas revelam o suposto pagamento de vantagens ilícitas a Ciro
Nogueira em duas situações.
como encarregado
pelo PT de tratar com a J&F dos pagamentos de propina durante a campanha
eleitoral de 2014, para apoio da reeleição de Dilma. No caso do Progressista, o
valor “pelo apoio” teria sido repassado a Ciro, estipulado inicialmente em R$20
milhões. “Contudo, ao final, a empresa acabou pagando R$ 42 milhões”, cita a
PGR.
Ricardo Saud, na
delação, afirma que os representantes do partido sabiam que se tratava de
propina do caixa do PT.
Na segunda situação
relatada pelos delatores, Joesley afirmou que se encontrou com Ciro e pediu a
ele que adiasse uma reunião partidária que provavelmente decidiria pelo
desembarque do Progressista do Governo em 2016 – o que acabou acontecendo em
abril, mas com atraso.
Para atender o
pedido, o presidente do PP teria combinado receber de Joesley o valor de R$ 8
milhões, pago em março de 2017.
“As condutas
noticiadas acima, dentro do contexto de pagamento de vantagens indevidas a
membro do Congresso Nacional em razão de suas funções, em especial para não
agir em relação ao processo de impeachment de Dilma Rousseff, apontam, pelo
menos, para o crime de corrupção passiva qualificada, assim normativamente
descrito”, cita trecho do pedido feito pela PGR, que aponta também a
possibilidade de cometimento de crime de lavagem de dinheiro.
Fonte: VIAGORA
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