Os 23 alvos presos na
manhã desta sexta-feira(16) durante a operação Contraordem, deflagrada pela
Polícia Civil, fazem parte de uma facção criminosa responsável por ordenar o
chamado Tribunal do Crime, que resultou em execuções com requintes de crueldade,
na zona norte de Teresina.
Dos alvos, nove já
estavam no sistema prisional do Piauí e também eram responsáveis por ordenar a
execução de desafetos e a prática de outros crimes. Os outros 14 presos são
egressos do sistema prisional no Piauí e de outros estados.
"Mortes muito
violentas, decapitações que geraram muito clamor social pela violência do
crime. É uma forma exemplificativa para aqueles que não querem se submeter às
ordens da facção", explicou delegado Júlio Castro, coordenador do CORE.
Ainda de acordo com o
delegado, os alvos que já estavam no sistema prisional eram responsáveis por
manter a comunicação com outros detentos e com outros membros da facção que
estavam nas ruas.
Questionado sobre a
atuação de detentos do sistema prisional na facção criminosa, o secretário
estadual de Justiça, Carlos Edilson, afirmou que a organização já vinha sendo
monitorada dentro dos presídios piauienses.
"Nas unidades da
região metropolitana temos a presença bem forte de procedimentos de segurança
que evitam essa comunicação. Em parceria com a Secretaria de Segurança, fizemos
essa operação que teve esse resultado: identificando essas noves pessoas que já
estavam presas", disse o secretário de Justiça.
Ao todo, foram
expedidos 29 mandados de prisão. As equipes da Policia Civil continuam na rua para
tentar localizar os outros seis alvos que continuam foragidos.
"Uma
investigação complexa, que identificou essas 29 pessoas e que vai continuar.
Por conta dessas apreensões e por conta das informações obtidas durante a
deflagração da operação, a gente tende a apresentar mais resultados",
explicou o delegado Tales Gomes, coordenador do Greco.
"Atuam junto aos
presos dentro do sistema e muitas vezes conseguem a troca de informações com as
pessoas que estão fora" , disse o delegado Júlio Castro.
Roberta Aline / Cidade Verde
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