O promotor José
William Luz, que integra o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado, declara que a Operação
Cartão Vermelho, desencadeada nesta quarta-feira (09), investiga a destinação
de recursos na ordem de R$ 10 milhões em contratos públicos. A operação visa
desarticular uma organização criminosa atuante na cidade de Amarante e em
outros municípios do estado do Piauí, diz o promotor. Veja o que disse o prefeito:
"Foram cumpridos
13 mandados de busca e apreensão nas cidades de Amarante, Teresina, Campo Maior
e Valença do Piauí. A organização criminosa atua praticamente em quatro núcleos
através de contratos relacionados a combustíveis, manutenção de poços, obras
públicas e de transporte escolar", explica o promotor.
José William Luz
ressalta que "os mandados de busca e apreensão dizem respeito,
inicialmente, a crimes praticados no município de Amarante. Diz respeito a
ex-procurador do município, prefeito e empresários locais, mas as investigações
abrangem outros contratos realizados pelas empresas investigadas, em relação a
outros municípios. Os atos investigados vêm desde o ano de 2017, e ainda estão
sendo praticados".
"A investigação
indica a participação de servidores públicos, políticos e advogados. As
empresas investigadas também foram alvos de busca e apreensão. Assim que o
material for periciado, o Ministério Público fará análise com possível
oferecimento de denúncia criminal na próxima fase".
Nesta quarta-feira,
as buscas ocorreram em endereços de 12 investigados, sendo nove endereços de
pessoas físicas e três de pessoas jurídicas (empresas), mas há outros
investigados. "Os crimes investigados são desvio de recursos públicos, nos
termos do decreto-lei 201, crimes licitatórios, organização criminosa e lavagem
de dinheiro", acrescenta.
O prefeito de
Amarante, Diego Teixeira, em vídeo, afirma que não recebeu com surpresa a
operação porque desde quando assumiu o mandado, no ano de 2017, há denúncias
contra ele, que sempre prova sua inocência.
O promotor José
William destaca que o caso está sob sigilo judicial e, no momento, não pode
repassar detalhes mais específicos. A operação ocorreu em parceria do Gaeco, do
MPPI, e do Tribunal de Contas do Piauí.
Fonte: TV Cidade
Verde
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