Um esquema
fraudulento que desviou mais de 2 milhões de reais dos cofres do INSS teve como
cabeça principal um ex-servidor da agência da Previdência Social de Parnaíba.
Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), o grupo criminoso atuava a partir
da cidade e contava com a participação de pelo menos outras sete pessoas.
A investigação
revelou que o ex-servidor usava a estrutura da agência local para inserir no
sistema dados falsos de pessoas que, na prática, nunca existiram. Eram criadas
identidades fictícias com certidões de nascimento, carteiras de identidade e
comprovantes de residência falsificados. A partir daí, esses “beneficiários”
começavam a receber mensalmente valores do INSS.
O dinheiro vinha de
unidades do Maranhão, mas os benefícios eram transferidos para Parnaíba — uma
estratégia usada para forjar a prova de vida e dificultar a identificação das
fraudes.
As irregularidades
começaram a ser apuradas no fim de 2023, após o próprio INSS instaurar uma
Tomada de Contas Especial. O caso acabou sendo levado ao TCU, que apontou dolo
nas ações e um prejuízo expressivo para os cofres públicos.
Os investigados não
apresentaram defesa durante o processo e agora foram condenados a devolver os
valores recebidos ilegalmente. As multas individuais aplicadas somam mais de R$
6,6 milhões. Todos também estão proibidos de ocupar cargos comissionados ou funções
de confiança na administração pública pelos próximos oito anos.
A decisão será
encaminhada à Procuradoria da República no Piauí e ao próprio INSS, para que
sejam tomadas as medidas cabíveis.
Fonte: Portal Costa Norte
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