Na
madrugada desta quarta-feira (17), por volta de 00h05, a equipe da Polícia
Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 42m³ de madeira após uma abordagem a um
caminhão que transitava pelo município de Luzilândia (PI).
O
veículo, que vinha do Pará com destino ao Maranhão, transportava madeira e era
conduzido por um homem de 29 anos. Ao iniciar os procedimentos de fiscalização
para esse tipo de carga, os policiais solicitaram os documentos fiscais e
ambientais pertinentes.
Durante
a inspeção, ao remover a lona que cobria a carga, os policiais constataram que
se tratava de madeira nativa serrada bruta, sem lixamento. Ao analisar as
características anatômicas das peças de madeira, foi identificado que o
material era proveniente da espécie Astronium lecointei Ducke, conhecida como
Muiracatiara, ao invés da espécie Tetrastigma panamense, também chamada de
Barrote, que deveria ser predominante de acordo com a Guia Florestal
apresentada. Essa constatação revelou uma divergência na essência do produto
transportado.
Além
disso, ao examinar a documentação, os agentes constataram que a Declaração de
Corte e Colheita (DCC) estava em nome de um homem falecido em 2014, levantando
suspeitas sobre sua autenticidade. Descobriu-se que a empresa responsável pela
emissão da Guia Florestal utilizava documentos assinados por ele após o seu
falecimento, configurando uma fraude.
Outras
inconsistências foram encontradas nos documentos que descreviam a origem e o
destino da carga. Diante dessas evidências, tanto a empresa responsável pela
emissão da Guia Florestal quanto os destinatários e o transportador do material
deverão responder por crime ambiental.
Além
disso, os policiais apreenderam 43 comprimidos de "rebite" em posse
do motorista do veículo. Esse medicamento, que é uma droga ilícita da família
das anfetaminas, é utilizado pelos motoristas como inibidor de sono, de forma a
prolongar o tempo acordado e poder dirigir por longas distâncias.
O
caminhão, a madeira, a droga e o condutor foram levados para a Delegacia de
Polícia Civil de Luzilândia.
A
empresa responsável pelo DCC já possui 37 Termos Circunstancidos de Ocorrência
(TCO) feitos pela PRF. Já a empresa emissora da documentação fiscal foi
enquadrada em outros 13 TCOs, após fiscalizações da PRF.
Informações | PRF